quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Chai: o famoso chá indiano

Essa receita é super tradicional na Índia e hoje está difundida pelos quatro cantos do planeta, tendo muitas vezes ganhado novas roupagens. A pedidos, estou passando aqui a variação que me foi ensinada... sei que a receita original é com chá preto e açúcar branco. De resto, vai depender da região e do gosto pessoal de cada um.

Ingredientes:
  • 1 litro de água
  • 1 raiz de gengibre média ralada com casca e tudo
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 2 ramos médios de canela
  • 5 sementes de cardamomo maceradas
  • 3 colheres de sopa de leite em pó integral
  • 1 colher de sopa rasa (se for a granel) de chá preto de boa qualidade ou 2 saquinhos.

Modo de fazer:
  1. Coloque a água para ferver.
  2. Em uma panela média leve o açúcar e a canela ao fogo brando e deixe formar um caramelo, mexendo sempre para não queimar. O ideal é que a rama de canela se abra, liberando mais sabor. Para isso acontecer sem queimar o açúcar o fogo deve estar bem baixo.
  3. Adicione o gengibre ralado e o cardamomo macerado. Mexa bem. (Quanto mais nova for a raíz do gengibre, mais forte irá ficar. Quanto ao cardamomo, você pode encontra-lo em casas árabes, Empório Santa Luzia, Zona Cerealista ou no Mercado Municipal. Da pra fazer a receita sem ele, mas perde um toque especial.)
  4.  Acrescente quase toda a água fervente, guardando apenas cerca de meia xícara para dissolver o leite em pó. Deixe a mistura ferver por 5 minutos.
  5. Enquanto a mistura ferve, dissolva completamente o leite em pó no restante de água, tomando cuidado para não deixar nenhuma pelota. (Aprendi a fazer o chai com leite Ninho, que é bem integral e seria mais próximo do leite não processado, tirado direto da vaca em algumas regiões da Índia. Na verdade não é obrigatório, mas o Ninho dá uma cremosidade gostosa à bebida.)
  6. Junte então o leite à infusão, mexa por um minuto e desligue o fogo. O ideal é que o leite não chegue a ferver.
  7. Adicione então o chá preto, deixando-o em infusão por 2 minutos e então coe a mistura. Não é preconceito, mas as marcas nacionais de chá preto são de qualidade bastante inferior, e se você dispuser de um verdadeiro Breakfast Tea ou Earl Grey Tea vai fazer toda a diferença! Se optar usar o chá a granel você precisará de um coador de estopa ou pano (não pode ser de papel, pois tem que mexer), e o ideal é que tenha a mão também um funil, para conseguir acomodar o chai em uma garrafa térmica. Se não der para fazer isso tudo, utilize o chá em saquinhos mesmo, e depois precisará somente de uma peneira para coar (o funil continua sendo uma dica válida). DEIXE O CHÁ PRETO APENAS 2 MINUTOS ANTES DE COAR, COM A PANELA JÁ FORA DO FOGO, SE NÃO O CHAI IRÁ AMARGAR!
  8. Experimente. É possível acrescentar mais açúcar e/ou leite, dependendo do que você quer corrigir. Para ambos os casos, adicione a uma xícara do chai o açúcar ou o leite em pó na quantidade desejada, dissolva bem e retorne essa xícara à garrafa térmica ou bule que estiver utilizando para servir.
Está pronto! Rende um litro de bebida, que pode acompanhar biscoitos, torradas ou um bolo. É extremamente estimulante e ótimo para a garganta. Se não for consumir toda a receita em no máximo 6 horas, mantenha em geladeira, reaquecendo na hora de servir, pois se não o leite pode coalhar.

Bom apetite!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Yôga Sútra: I-12, I-13, I-14 e I-15

Depois de mais de um mês em jejum, trago para vocês mais uma página do nosso Samádhi Pádá, do Yôga Sútra de Patáñjali. Se você não sabe do que estou falando leia os posts do mês passado. Vou continuar o estudo proposto hoje com a introdução de dois importantes conceitos:



Em janeiro falamos sobre os vRittis, as dispersões que nos impedem de chegar à meta do Yôga. Aqui nesses quatro sútras é colocado o que se precisa para controla-las: abhyása e vairágya.

Desta vez não farei uma análise. Gostaria que cada leitor refletisse sobre o que está escrito acima e tirasse suas próprias conclusões. Ficarei feliz se houverem comentários para trocarmos.

Só digo que sem essa dupla, o trabalho do yôgin é virtualmente impossível.