terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Aulão aberto de final de ano no Parque Vila Lobos

Atenção alunos, ex-alunos, interessados e curiosos:

Na última semana deste ano teremos uma super aula aberta para todos que quiserem conhecer o meu
trabalho ou matar as saudades <3

Estarão presentes alunas de Baby Yoga e seus bebês, então haverão algumas posições adaptadas para fazer com seus filhotes! Mas não só: será uma prática bastante energética que contemple a todos que querem praticar Yoga e recarregar suas baterias!

A aula ocorrerá no Parque Vila Lobos, dia 26 de dezembro de 2016 (seguda-feira) - às 15h. Essa data e horário estão sujeitos a alterações caso o tempo não colabore conosco, então fique ligad@ na página do facebook para informações sempre atualizadas ou entre em contato diretamente comigo pelo whatsapp (11) 99728-4666. Estamos programados para nos encontrar na entrada principal do parque às 14h30, ao lado da locação de bicicletas.

Vamos terminar 2016 com as melhores energias, preparados para o ano que chega!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Novas turmas e uma nova parceria especial!

Alô, alô mulheres que querem se empoderar na gravidez e se redescobrir no pós-parto!

turma Yoga para gestantes
Hoje tivemos a primeira aula de Baby Yoga na Lumos, um espaço para lá de especial que receberá as práticas para recém-mães e para gestantes. A aula foi muito legal e abriu as inaugurações de atividades nesse espaço tão lindo criado para as famílias pela queridíssima Vânia Gato Medeiros. E nessa quinta-feira, 13 de outubro às 18h, teremos uma aula aberta de Yoga para gestantes! Para quem quiser participar entre em contato com a Lumos pelos telefones: 3862-5327 ou 96695-8667. Apenas 8 vagas! A partir da semana que vem iniciaremos as turmas regulares :-)

No meu último post falei um pouco sobre o meu caminho para chegar nessas aulas. Aqui quero contar um pouco para vocês do conteúdo destas práticas tão especiais:

Yoga para gestantes:

Curso focado no bem-estar da mulher gestante, visando equilibrar corpo, mente e emocional nesta fase única que é a gravidez. Aplica-se o trabalho de autoconhecimento do Yoga a todos os momentos da gestação (a prática pode ser feita desde o primeiro trimestre até o parto). Entre seus inúmeros benefícios, encontramos:
  • A melhora e manutenção da saúde física da mulher. Trabalha-se o equilíbrio e bem-estar da coluna vertebral auxiliando a adaptação ao novo eixo de gravidade; melhora a circulação sanguínea e lifática; melhora a respiração, trazendo mais oxigenação para o bebê; alivia prisão de ventre e gases; alonga e fortalece a musculatura.
  •  O empoderamento sobre o corpo e as emoções. Trabalha o autoconhecimento, trazendo mais confiança e serenidade; ajuda no equilíbrio hormonal – trazendo mais equilíbrio emocional; reduz o estresse e diminui a ansiedade; aumenta a conexão da mulher consigo mesma e com o bebê.
  • A preparação para o parto.  Fortalece o assoalho pélvico e o períneo; desenvolve consciência corporal; as vocalizações (mantras) auxiliam o relaxamento da mandíbula – auxílio da dilatação; proporciona a melhor respiração para o parto.

As aulas são realizadas em grupos e englobam técnicas respiratórias (pránáyámas), corporais (ásanas), vocalizações (mantras), de mentalização, meditação e relaxamento. Cada praticante possui uma sequência de técnicas personalizada de acordo com o seu momento da gestação e outras características pessoais, motivo pelo qual é necessária uma consulta prévia para conversa e levantamento das suas necessidades particulares. Com a duração de 1h30, há espaço também para se tirar dúvidas e trocar com as colegas. Os maridos são bem-vindos para compartilhar deste momento com a futura mãe.

Baby Yoga

Após o parto há dois nascimentos: o do bebê e o da mãe. Muitas vezes esquecemos que a nova mãe precisa ressignificar toda a sua vida após ter seu filho: re-conhecendo um novo corpo, uma nova rotina e novas responsabilidades. O período do puerpério é assim marcado por emoções à flor-da-pele, oscilações, dúvidas, medo e solidão.

O Baby Yoga é uma adaptação da filosofia milenar indiana para que as novas mães possam retornar às atividades físicas e sociais durante esse período tão especial sem precisarem se separar de seus bebês! Estes acompanham as aulas, interagindo e usufruindo junto com estas dos incontáveis benefícios da prática.

Dentre eles, destacamos:
  • A recuperação física e emocional do parto; ajudando a percepção do novo corpo, fortalecendo o períneo no pós-parto; auxiliando o retorno da musculatura abdominal; reduzindo a ansiedade e possível Depressão Pós Parto.
  •  O aumento do vínculo mãe-bebê; ajudando a extravasar e eliminar conflitos, melhorando a sensação de domínio, trazendo relaxamento e melhorando o sono de ambos.
  • O trabalho de autoconhecimento desta mãe recém-nascida; melhorando a autoestima e trazendo consciência e equilíbrio físico, emocional e mental para esta nova fase.
As praticas em grupo ainda privilegiam a troca e a interação entre as mães! As aulas abordam técnicas respiratórias (pránáyámas), corporais (ásanas), de mentalização e relaxamento. Com a duração de 1h, é recomendado o início a partir de 30 dias depois do parto (no caso de cesárea o tempo pode ser maior), podendo se estender até onde o bebê queira (geralmente após começar a engatinhar o bebê prefere “explorar o espaço” ao invés de interagir apenas no colo da mãe). 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Yoga pra quê? E para quem?

Pode fazer Yoga só para emagrecer?

E para relaxar?

Velhinhos podem fazer Yoga?

E grávidas?

Há poucos anos atrás,  eu responderia as perguntas acima com muitas negativas e restrições. Isso porque na escola onde comecei a estudar essa filosofia há uma visão bastante purista da prática, considerando qualquer pessoa que queira usufruir de seus benefícios sem contemplar de todo o universo que o Yoga abarca um não merecedor.

Como já falei em outro post, quando engravidei mudei profundamente a minha relação com tudo, inclusive com a minha filosofia de vida. Confesso que inicialmente resisti à mudança de paradigma, por puro condicionamento (falo mais dessa questão aqui). E assim, apesar de ter sentido na pele a diferença brutal que a consciência que o Yoga me deu trouxe para a minha gestação e parto (falo dele aqui), quando milha filhota nasceu eu recusei inúmeros pedidos de mães amigas para criar um grupo de Baby Yoga. Na minha cabeça fazer uma adaptação da prática para mães e bebês era a coisa mais esdrúxula do mundo.

Só que não. Demorou, mas comecei a poder ouvir outras pessoas e também a fazer um auto-estudo: o momento do puerpério é até hoje a fase de maior transformação pela qual eu passei na minha vida. Um momento de emoções à flor-da-pele. Um novo corpo para ser re-conhecido. Uma nova vida, agora acompanhada de um novo ser.

Yoga é uma filosofia de autoconhecimento. Uma forma de enxergar o mundo que abrange todos os aspectos da vida humana: físico, emocional, energético, mental, intuicional, valores, cultura, condicionamentos... a prática toca em tudo isso e mais. Por que não abraçar as puérperas, essas mulheres em (re)construção, com essa possibilidade de ser, sentir e estar tão plena que é o Yoga?

Ok, há adaptações na prática para que o bebê possa participar deste momento. E daí? Qual é o problema? Cada vez mais vejo o quanto podemos aprender mais e melhor quando abrimos a nossa cabeça para mais informação e consciência.

Em breve anunciarei na minha página do face uma nova turma para gestantes e outra de Baby Yoga, em parceria com um espaço lindo de viver que será inaugurado (tchantchantchantchan...). Fique ligado! Se quiser sempre as informações atualizadas curte lá ;)

Termino com o meu último vídeo, onde falo brevemente desta experiência na gravidez.


quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Risoto de abóbora com côco e sálvia

Mais uma receita baby-friendly aqui no blog, em especial para quem fez o curso de temperos para BLW comigo. Na verdade preciso contar um segredo: as receitas para bebês são as mesmas que faço para adultos com pouquíssimas alterações! Afinal, nossos pequenos merecem comida de verdade, saborosa, rica em cores, aromas e texturas como gostamos para nós ;)





Esse risoto é vegano e feito com arroz integral, e acredite, é de se comer rezando! Uma prova de que alimentação saudável pode e deve ser muito gostosa.

Ingredientes:

  • 1 xícara de arroz cateto integral
  • 2 xícaras de caldo de legumes caseiro*
  • 1/4 xícara de cebola picada
  • 1/4 xícara de salsão picado
  • 2 colheres (sopa) de óleo de côco extra-virgem
  • 1 1/2 xícara de abóbora japonesa cortada em cubos pequenos
  • 3 colheres (sopa) de sálvia fresca picada
  • 2 colheres (sopa) de leite de coco caseiro (receita aqui) (opcional)
  • Sal a gosto (caso quem vá comer tenha mais de 1 ano de idade)
  • Coco ralado para decorar (utilizo o resíduo do leite de coco)
  • Para bebês menores de 1 ano: farinha de coco para dar o ponto nos bolinhos.

Modo de preparo:

  1. Lave bem o arroz em água corrente para tirar as impurezas dos grãos.
  2. Junte o arroz e o caldo de legumes em uma panela de pressão, feche e leve ao fogo alto. Quando começar a apitar abaixe o fogo e deixe cozinhar por 15 minutos. Tire do fogo e tire a pressão para interromper o cozimento. Reserve.
  3. Cozinhe a abóbora da forma que preferir. Eu particularmente gosto de faze-la no vapor, mas você pode colocar em uma panela com um pouco de água (não muita, se não o risoto ficará aguado) ou então assar com um pouco de azeite em uma travessa envolvida por papel alumínio. É importante que a abóbora fique bem macia, no ponto de poder amassar com um garfo. Reserve.
  4. Em uma panela média e em fogo alto aqueça 1 colher de óleo de coco. Quando estiver quente adicione a cebola e o salsão e refogue até a cebola ficar transparente. Acrescente a abóbora cozida (ou assada) e a sávia, misturando bem e amassando a abobora levemente com a colher de pau até virar um purê ainda com pedacinhos no meio.
  5. Junte o arroz e misture bem, deixando a abobora envolver o arroz totalmente. Se desejar um risoto ainda mais cremoso e aveludado acrescente o leite de coco (mais também fica bom sem). Deixe cozinhar por cerca de 3 minutos ou até estar na consistência da sua preferência.
  6. Desligue o fogo e adicione o óleo de coco restante, misturando delicadamente para dar mais brilho e sabor ao risoto.
  7. Se o seu bebê ainda não come sal separe nesse momento a porção dele. Se ele é adepto do
    BLW e come sozinho mas ainda não maneja talheres, faça bolinhos: deixe o risoto esfriar um pouco e adicione a farinha de coco até conseguir moldar os bolinho com as mãos.
  8. Adicione o sal a gosto para o resto da família. Decore com o coco ralado. Está pronto!

Essa receita rende 4 porções médias. Aqui em casa vez sucesso com a minha pequena, que pediu para repetir! Vai muito bem acompanhado de uma salada verde com tomates e castanhas.




Bom apetite!

Alice comendo o risoto em forma de bolinhos, acompanhado de feijão preto e abobrinha!


* Para fazer 1 litro de caldo de legumes caseiro, ferva 3 xícaras de talos e cascas de legumes (aproveite as partes que você geralmente jogaria fora) de sua preferência com 2 litros de água filtrada por 30 minutos. Coe e o caldo está pronto. Pode ser congelado por até 3 meses. Gosto muito de colocar salsão, pimentão, cebola e talos de salsinha. 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Salada de feijão fradinho para comer desde bebê!

Faz muito tempo que não posto aqui alguma receita. Na verdade houveram várias descobertas culinárias nesse último ano, mas por conta da correria com a cria eu nunca conseguia postar aqui.

Essa receita marca uma nova fase minha na cozinha: depois que comecei a amamentar minha relação com o consumo de leite de vaca mudou: me dei conta do quão estranho e fora de lugar é se alimentar do leite de outro animal, leite esse que a natureza destinou e produziu especialmente pra cria deste animal. Leite que essa cria deixa de tomar para que a gente o consuma. Me coloquei no lugar da vaca, do bezerro (que vira vitela na absoluta maioria dos casos e na verdade só existiu para que tomemos o seu leite, pois as vacas leiteras sofrem inseminação artificial), e percebi que não faz sentido deixar de comer carne por uma questão ética e continuar consumindo laticínios. Assim, estou mais e mais vegana, e minhas receitas expressam essa tendência.

Ainda, essa receita também carrega consigo - como tudo o que eu faço agora - minha relação com a maternidade: a Alice começou a comer aos 6 meses através de um método de alimentação complementar chamado BLW (baby led weaning: o desmame guiado pelo bebê), onde não há papinhas - os alimentos são apresentados em pedaços que o bebê consegue pegar sozinho e levar à boca. O que me encantou nesse método é a autonomia e o protagonismo do bebê no processo, além da experiência sensorial que transforma o ato de comer em uma aventura de cores, texturas, cheiros e gostos. Cada bebê é respeitado como ser único que é, levando o seu tempo individual para fazer a passagem da alimentação líquida para a sólida, sem estresse ou pressão. Isso ajuda a ser criada uma relação saudável, espontânea e prazerosa com a alimentação.

Sendo assim, a salada de feijão fradinho é uma excelente opção para toda a família, a partir de 6 meses de idade: super nutritiva, colorida e saborosa, agrada a todos!


Ingredientes:

  • 1 xícara de feijão fradinho deixado de molho em água com gotas de limão ou vinagre por 8 horas (troque a água na metade do tempo para diminuir a incidência de gases).
  • 3 xícaras de água
  • 1 folha de louro
  • 1 colher (chá) de cominho em grão
  • 1/2 cebola roxa ralada
  • 1/2 cenoura ralada no ralo fino
  • 3 colheres (sopa) de pimentão vermelho orgânico assado com azeite até ficar macio e depois picado
  • 1 xícara de coentro fresco picado
  • 4 colheres (sopa) de azeite extra virgem
  • suco de 1 limão
  • sal e pimenta a gosto (para bebês abaixo de 1 ano separe a porção dele sem sal e adicione para o resto da família no final)


Modo de preparo:

Escorra o feijão e lave na água corrente. Cozinhe na panela de pressão com a água, o louro e o cominho por cerca de 10 minutos. O tempo de cozimento pode variar dependendo do tempo de molho e também se o feijão está mais velho. Cheque a consistência: deve estar bem macio, mas não desfazendo. Caso necessário deixe um pouco mais na pressão. Escorra e coloque em uma tigela. Junte com todos os outros ingredientes. Está pronto!

Observações:

  1. O ideal é que esse prato seja feito com antecedência, pois quanto mais tempo o feijão ficar marinando nos temperos, mais saboroso vai ficar.
  2. É realmente importante que o pimentão seja orgânico, pois ele é um dos alimentos que mais absorve agrotóxicos. Caso não o encontre você pode fazer a receita sem ele sem problemas que também ficará gostoso.
  3. Para bebês que ainda não possuem o movimento de pinça o ideal é apresentar esse prato na forma de bolinhos: aqueça rapidamente a salada em uma frigideira, amasse o feijão com um garfo e molde bolinhos de um tamanho que o seu bebê consiga pegar e ainda sobre um pouco para fora da mão. Sua cria irá se divertir e se deliciar!

Bom apetite!


sábado, 25 de junho de 2016

Sobre compaixão, sororidade e união: para o Tom, a Ana e o Rodrigo.

Desde que me tornei mãe um novo universo de emoções e relações se abriu para mim. Para além das mudanças físicas, essa nova relação que se instaurou entre eu e a Alice transformou minha visão de mundo. Mais do que a visão. Minha ação na sociedade, todos os dias.

O universo feminino muitas vezes vem marcado pela competição, onde cada mulher vê as outras como ameaça e rival. Esse pensamento, fruto de uma sociedade machista como a nossa, fragiliza ainda mais as mulheres, que já são minoria em termos de direitos e de respeito e só faz reforçar a crença de que estamos aqui única e exclusivamente para lutar pela atenção dos machos. Isso também é cultura do estupro, com tudo o que ela traz de consequências.

No que tange o contato com outras mães percebi que há dois caminhos a serem trilhados: pode-se escolher o seu ideal de "boa maternidade" e rechaçar todas as mães que não o seguem ou pode-se compreender que existem muitos caminhos e que cada uma trilha aquele possível para si. Não existe mãe perfeita, existem mães possíveis, cada uma ao seu modo.

Eu me enveredei pelo caminho da humanização e criação com apego: com livre-demanda de amamentação, sem chupeta nem nana-neném. Com o passar do tempo fui descobrindo a minha própria rigidez - fruto de uma auto-cobrança absurda que tenho - que acabava resultando na censura de mães que faziam diferente de mim. Foi um exercício importante e difícil reconhecer que existem outras verdades e que mesmo nos pilares em que acreditamos não somos perfeitas. Exemplo: eu olhava com maus olhos mães que não amamentavam. Até passar por 10 semanas de dor lancinante para amamentar e ter uma filha sugadora que ficava horas a fio no peito. Eu continuei amamentando e amamento até hoje minha pequena por acreditar que realmente isso é o melhor para ela. Mas nunca mais criticarei qualquer mãe que por qualquer que seja o motivo não amamente. Pois sei que pode ser muito difícil, apesar de lindo.

Esse é apenas um dos infinitos desafios que as mães enfrentam. Este e todos os outros me fizeram conhecer a palavra sororidade. Tive a sorte de ser convidada pela querida Dra. Vania Gato Medeiros, pediatra da minha pequena, a participar de um grupo de mães com bebês da mesma idade da Alice, e nossa, como foi importante! Pude dar e receber apoio e... pude ver mães lidando com os desafios cada uma a sua maneira. Sem julgamentos, com muita compreensão e irmandade.

Quando passamos pela experiência de gerar uma vida, a relação com a mortalidade muda. De imaginara dor de uma mãe que perde um filho um enorme buraco se abre em meu peito e lagrimas imediatamente inundam meus olhos. Porque é inconcebível a vida sem minha filha. E consigo perfeitamente me colocar no lugar dessa mãe. Ao mesmo tempo nós também não podemos morrer. Temos pequenos seres em formação absolutamente dependente de nós,  e nossa presença influenciará os adultos que eles se tornarão.

Escrevo tudo isso inspirada em um caso de uma mãe conhecida que está agora com seu bebê na UTI, lutando pela vida. O nome da mãe é Ana e o nome do bebê é Tom. Este pequeno guerreiro nasceu prematuro, com apenas 1,9kg e agora está enfrentando bravamente uma broqueolite viral. Esta mãe e este pai, o Rodrigo - grandes guerreiros também, passam dia e noite no hospital com o pequeno e pedem a todos algo simples, que qualquer um pode dar, mas extremamente importante: boas energias. Pensamento positivo.

Gravei um vídeo no meu canal do Youtube sobre mentalização explicando para os leigos como fazer. Convido a para se juntarem a essa corrente. Mesmo para os céticos, pensem que nenhum mal pode trazer pensar em coisas boas.



Por um mundo com mais união e compaixão. Pois juntos somos mais fortes!


domingo, 24 de abril de 2016

Sobre parir, nascer e se descobrir

Enfim escrevo sobre o meu parto, após quase 1 ano! 

Dentro do vendaval de mudanças que a maternidade trouxe, o parto foi um momento muito especial e marcante. Ouso dizer que entendi o verdadeiro significado do Tantra - filosofia comportamental matriarcal, sensorial e desrepressora - somente depois de parir. Na verdade, penso que a cada dia após o fatídico 21 de junho de 2015 me descubro mais como corpo sensível, instintivo e intuitivo, feminino que sou.

Quando me descobri grávida - em algum lugar de outubro de 2014, eu pouco sabia sobre parto. O que minha querida mãe havia me passado é que o parto normal era infinitamente melhor do que a cesárea e que eu tinha que tomar cuidado com o obstetra que faria meu parto, pois muitos induzem à cesárea por puro comodismo. Bom, muito, muito obrigada, mãe! Esse foi o primeiro passo para que minha filha nascesse da melhor forma possível.

A segunda coisa que descobri foi que o melhor é o parto humanizado, mas para ser sincera não entendia inicialmente o que isso significava. Humanizado é com a luz mais baixa e com uma musiquinha tocando ao fundo? Essa era a minha primeira impressão. De qualquer forma, minha irmã me informou que o parto humanizado respeitava mais a mãe e o bebê e com essas palavras me convenceu a me aprofundar no assunto. Obrigada Dri!

O terceiro elemento desse caminho foi assistir ao documentário "O renascimento do parto", que ganhei de uma aluna querida. Renata, minha eterna gratidão a você, que com seu gesto me fez efetivamente compreender o quanto parir de forma digna e respeitosa é uma luta na nossa sociedade. Chorei muito vendo o documentário e me dando conta do quão violento, submisso e machista esse processo natural acaba sendo na maioria das vezes. Ao mesmo tempo, o vídeo me mostrou a força e potência do corpo feminino. Devo dizer que ver tantas mulheres parindo me gerou primeiramente um misto de emoção e medo! Então eu tinha esse poder dentro de mim? O poder de dar a luz a outro ser vivo sem precisar de mais ninguém? Hoje olho o meu susto com um sorriso nos lábios. Me parece tão óbvio que sim. Mas a Júlia a.A. (antes de Alice) ainda vivia dentro da gaiola cientificista e masculina em que a maioria vive, e achava que para que um parto ocorra é preciso de máquinas, médicos, remédios e salas equipadas.

A partir daí minha busca por um parto respeitoso foi incessante. Visitei o consultório de 8 obstetras, na maioria das vezes saindo da primeira visita para não mais voltar. Quando estava no 7º médico (com quem acompanhei boa parte do pré-natal, pois ele se declarava a pró-parto natural, apesar da sala de espera dele mostrar outra coisa), comecei a me sentir extremamente insegura com médicos e pensar que talvez nenhum me contemplaria. 

Eu ainda partilhava da crença de que parto em casa, apesar de lindo, era algo muito arriscado e que eu precisava de equipamentos de reanimação neonatal ao meu lado. Decidi que queria que meu parto ocorresse em uma casa de parto, com enfermeiras obstétricas. Visitei com meu companheiro a Casa de Parto Sapopemba (opção mais próxima de casa entre as únicas duas disponíveis na cidade de São Paulo) e no primeiro momento gostamos bastante do que vimos. Porém, quando fiz o curso de preparação para o parto no GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa) fui informada que em Sapopemba havia risco de episiotomia (corte feito no períneo da mulher para "ajudar" a saída do bebê) e de credé (colírio aplicado no recém nascido na sua primeira hora de vida para prevenir conjuntivite gonorréica), ambos procedimentos violentos e desnecessários (para casais não portadores de gonorréia). Assim, eu deveria levar um termo de recusa. Mas até aí tudo bem. Ao mesmo tempo o curso me mostrou que o parto domiciliar não era realmente mais perigoso que o parto hospitalar. Que uma boa equipe teria total condição de me amparar, inclusive indicando o hospital caso isso fosse necessário. E que por fim o melhor lugar para parir é onde a parturiente se sente segura.

De qualquer forma para ser aceita em uma casa de parto, eu deveria ter o que é chamado de "gravidez lisa", isto é, baixo risco, sem nenhuma intercorrência. Mesmo assim, qualquer detalhe de última hora poderia fazer com que deixassem de me receber. Assim, eu e Jack (pai da minha pequena), resolvemos fazer uma visita guiada no Hospital São Luíz. Depois de ouvir da guia que eles davam banho logo após o nascimento "para tirar o cheiro de ovo do bebê", que o pai "poderia ficar ao lado durante o banho" e ver o berçário no meio de uma praça de alimentação saímos de lá convictos de que nem aquele, nem nenhum outro hospital, seriam o local onde a nossa Alice veria o mundo pela primeira vez.

Com 36 semanas de gestação fomos ao grupo de acolhimento da Casa de Parto Sapopemba. Logo de início a diretora deixou claro que uma parturiente que recusasse episiotomia não poderia ser lá aceita. Quando eu perguntei com relação ao colírio, esta afirmou, um tanto desconcertada, que também era obrigatório "porque nós somos do SUS". Quer dizer que a saúde pública ter que ter violência desnecessária, em nome de uma pseudo segurança no parto? E ainda não temos direito a decidir sobre nosso próprio corpo e o do nosso bebê? Saí de lá triste e desiludida, revoltada, com minhas aulas de Foucault martelando na cabeça.

Pronto, resolvido. Alice nasceria na nossa casa. Daríamos um jeito de pagar, e daríamos o nascimento mais digno para ela. E o parto mais digno para mim.

Foi uma correria. Parteiras, doula, banheira, kit parto domiciliar. Extensão de chuveirinho para encher a banheira, que ficaria no quarto da Alice. Eram muitos detalhes. Enquanto isso, minha barriga transbordava e descia. Com 37 semanas eu sentia choques nos quadris ao andar, e um feto hiperativo que não me deixava dormir a noite.

Resolvemos não contar nossa decisão para nossas famílias, pois eu estava bastante sensível e não queríamos lidar com as críticas, preconceitos e histeria que certamente viriam com a divulgação da nossa decisão. Para todos os efeitos Alice nasceria na casa de parto. Só que não foi tão simples.

Para além de ocultar a nossa decisão, nos vimos tendo que mentir em todos os almoços familiares a cada vez que nos perguntavam sobre o parto. E esse com o crescer da minha barriga foi se tornando o assunto principal. E mentir não é ok para mim. Sigo o princípio de satya há bastante tempo, e o fingir, mesmo com a melhor justificativa, me fez muito mal. Além disso, no caso específico da minha mãe e da minha irmã foi muito difícil não ter o apoio delas. É claro que eu não tinha dúvidas que parto domiciliar era a melhor escolha para mim, porém isso não significa que eu não tivesse medos e inseguranças. Da dor, de não dar conta quando chegasse a hora. E não poder dividir isso foi pesado.

Com 40 semanas, no quarto da Alice
No dia em que completei 40 semanas de gestação houve um entupimento enorme nos canos do meu apartamento e água de esgoto começou a sair pelos ralos. Entrei em pânico. Como poderia parir minha filha ali? Lembro de falar com a minha doula, a querida Anna Amorim e ela me dizer: "Júlia, não se preocupa! Nenhum bicho dá cria quando está ameaçado! Você só entrará em trabalho de parto quando tudo estiver bem!"

É, a gente é mais bicho do que a gente pensa. Hoje percebo nitidamente o esforço que o Homem faz para negar a natureza e se distanciar dela... a medicalização do parto mostra isso claramente. O problema é que essa negação da natureza distanciou a mulher da sua potência, colocando na mão do médico o papel principal do parto e anulando a capacidade que nasce junto com toda a mulher: dar à luz a seu bebê. Naquele momento parir em casa já havia se tornado um posicionamento político. Gastamos o que não tínhamos contratando uma desentupidora, e no mesmo dia estava tudo resolvido... mas Alice ainda não queria vir.

Com 40 semanas e 3 dias fomos à consulta com a Obstetra que fez o back-up do meu parto (caso eu precisasse de transferência para um hospital), Dra. Carolina Rossoni. Conversamos sobre data limite para parto sem indução e sobre as induções, caso fosse necessário. Descolamento de placenta, drogas, balão... não queria aquilo. Comecei a ficar nervosa. E a Dra. Carolina me alertou que justamente o que eu precisava para entrar em trabalho de parto era relaxar. "Se você estiver estressada, seu corpo vai inibir a produção de ocitocina, hormônio responsável pelas contrações". Ok. Saindo da consulta uma enxurrada de telefonemas. "Quando nasce?" "O que a médica falou?" "Quantos centímetros de dilatação?" AAAAAAHHHGGGGGG! Tudo oque eu não precisava, pressão e ansiedade por todos os lados. O Jack foi fantástico: criou um grupo de whatsapp com toda a minha família, mas sem mim. A partir de agora eles se reportariam a ele, não a mim, para tirar suas dúvidas.

Falei com as minhas parteiras. Recomendação: chá de canela, caminhadas e acupuntura com o maravilhoso Thomas. Era uma sexta-feira, eu estava com 40+4 (semanas+dias) e a Flora, madrinha da minha filha e minha mãe vieram almoçar na minha casa. A Flora, que sabia do parto domiciliar, chegou antes para conversar comigo. "Jú, acho que esconder o seu parto da sua mãe está te travando". Se ofereceu para contar para ela, longe de mim. "Assim eu seguro o impacto da reação dela e te garanto que depois ela vai ficar ao seu lado!" Topei. Durante aquele almoço comecei a sentir contrações, sem dor nenhuma, mas bem fortes. Sorria e tentava disfarçar a barriga com formatos esdrúxulos da minha mãe...

Na noite daquela sexta-feira de inverno fui à sessão de acupuntura com o Thomas. Falei para ele que queria que minha Alice viesse no tempo dela, sem ninguém apressar, mas que eu tinha receio de estar travando o processo por medo ou ansiedade. Ele foi lindo: colocou as agulhas muito mais focado em mim do que nela, me ajudando a me empoderar, ficar pronta e tranquila para receber minha filhota. Muitas, muitas contrações durante a sessão, mas ainda sem ritmo nem dor. Eu e Jack saímos do consultório animados. Fomos comer comida indiana, caminhamos do Paraíso até nossa casa, na Augusta. Não víamos a hora de conhecer nossa pequerucha...

Sábado, 40+5, e minha mãe um tanto histérica com a Virada Cultural (moro no centro). Querido Jack me ajudou a bloquear o estresse inconveniente, e fomos planejando o nosso dia juntos, atentos ao meu corpo. O chá de canela sempre na jarra para manter meu corpo quente, muito descanso, contrações ainda desritimadas e indolores e, no fim da tarde, uma peça de teatro do meu grupo querido. O diretor (por acaso padrinho da Alice) e os atores não acreditaram quando chegamos. "Você vai parir no meio da peça!" Risadas. Realmente as pessoas acham que parir é um passe de mágica, né?

Depois da peça resolvemos ir até a Praça da República ver um pouco a Virada. Estava frio, ventando muito e lembro de pensar que tinha que manter meu corpo quente... comprei um cachecol e fui comer um yakisoba em uma barraquinha. Na volta passamos em frente ao Edifício Itália. Jack me perguntou: "Já subiu no terraço?" "Não." "Vamos?" "É caro!" "Hoje é especial." Fomos. Tomei chá de camomila com baunilha e mel e o Jack uma Xingú. A noite tava linda e eu estava tão feliz, tão plena... relaxada.

Chegamos em casa umas 23h. Lembrei que a Anna tinha me falado para ler os relatos de parto na Anna Gallafrio, que teve os dois filhotes em casa com mais de 42 semanas. Li a carta que a Anna escreveu para Mattias, ainda na barriga, e comecei a chorar. E junto com o choro veio o enjoo. Achei estranho. Tive muita náusea no inicio da gravidez mas não esperava ela agora, aumentando cada vez mais. Mandei uma mensagem para as parteiras. "Confere produção?" Antes da resposta eu já havia colocado o yakisoba todo pra fora. A Anna perguntou se tinham contrações. Elas haviam parado... curioso. Tomei chá de camomila, o Jack me fez uma massagem, consegui dormir um pouco. Acordei 
vomitando mais. Fatia de pão. Vomitei. Água. Voltou também. Parei de comer e beber. Começou a sair bile. Os espasmos eram tão fortes que escapava xixi. Tive diarreia. Era como se de repente o meu corpo tivesse resolvido expulsar tudo o que tinha dentro dele...

Eram 3h40 da madrugada quando o Jack ligou para a Maíra Bittencourt, uma das parteiras. Fazia mais de 4h que eu vomitava. Eu ouvi a conversa com o balde na mão. Maíra continuava afirmando que sem contrações não era trabalho de parto. Culpou o yakisoba, que devia ter me dado uma intoxicação e me falou pra ir pro PS. NÃO! Eu queria ter minha filha em casa! Durante a conversa veio a primeira contração dolorida. Outra. Outra. Jack desligou o telefone e começamos a marcar o tempo. Era uma dor suportável. De 5 em 5 minutos. Jack foi ligar para a Anna e saiu do quarto para preparar a casa. Eu fiquei medindo as contrações... não acreditava ainda que realmente estava em trabalho de parto... que a hora tinha chego.

A partir daí não posso mais relatar horários e nem a exata ordem cronológica dos fatos. As forças que me tomaram e levaram são bastante distantes do intelecto e da razão. Eu diria que é um misto de sentimentos, sensações, intuição e  do instinto mais fundamental.

Lembro de ficar por algum tempo na bola de pilates controlando as contrações pelo aplicativo do celular. Lembro que em algum momento quando fui ao banheiro para mais diarreia saiu o tampão, cheio de sangue. Quando não aguentava mais a dor fui para debaixo do chuveiro. Lembro de ficar com medo da água acabar (estávamos no meio da crise hídrica) e pedir para o Jack acionar a bomba do prédio. A água quente ajudava mas na hora das contrações nada resolvia... não havia posição. Fiquei com medo de cair minha pressão... fazia muito tempo que eu não conseguia comer.

Quando a Anna chegou, umas 6h da manhã, eu estava sentada no sofá da sala, embrulhada em um cobertor. A cada contração eu caía no chão, de quatro, gritando. Tanto o Jack quanto a Anna tentaram massagem, mas não ajudava. Olhei para a Anna meio desesperada. "Eu não sei o que fazer com essa dor!" Ela docemente respondeu "Não briga com ela. Ela está a seu favor. Empurra ela pra baixo. Concentra. Respira." Procurei conduzir a dor. Anna colocou uma bolsa de água quente no meu quadril. Ajudou muito! Fiquei a partir desse momento sentada em samánásana, com as costas bem eretas e a bolsa quente entre meus quadris e o encosto do sofá. A cada onda de contração eu tentava mergulhar mais e mais para dentro de mim. Os gritos cessaram, passei a grunhir, rosnar, com a força de cada contração saindo pelos meus olhos.

Quando a Maíra chegou, umas 7h e fez o primeiro e único exame de toque de toda a gravidez, eu tinha 7 dedos de dilatação. Acho que as contrações estavam a cada 3 minutos, não tenho certeza, quem controlava era a Anna. Lembro de, em um surto de dor e cansaço olhar para a Anna e o Jack e soltar "que idéia estúpida!" A dor era forte, e tinha horas que eu não conseguia me manter focada. Eu tinha a sensação de que iria demorar muito mais... não lembro direito de quando a Bianca Zorzam, a outra parteira, chegou. Comecei a pedir para ir para a banheira e foi quando descobri que a pressão da água da minha casa era muito baixa e a banheira ainda não estava cheia o suficiente. O Jack corria com panelas de água quente para encher mais rápido. As contrações estavam realmente muito fortes, e a dor no quadril me rompia.

Quando fui ao banheiro para finalmente terminar de esvaziar meus intestinos resolvi que iria ver a banheira (que estava instalada no quarto da Alice). No caminho do banheiro para o quarto uma contração me fez cair no chão e o Jack me segurou. A banheira parecia suficientemente cheia, mas quando coloquei o pé estava escaldante (nossa, como fiquei brava!). Enquanto o Jack corria para pegar um balde de água fria outra contração me fez cair em cima da Bianca e... a bolsa estourou, quando começaram os puxos... Alice havia estourado a bolsa ao descer pelo canal!

Entramos finalmente na banheira, eu e Jack, que ficou atrás de mim. Foi mágico. Parei de sentir dor totalmente, relaxei. Na primeira força Alice coroou. Na segunda saiu metade da cabeça. Senti o tal anel de fogo... não doía, mas ardia e queimava. No final de cada força ela voltava pra dentro e e falava "não volta filha!" Na terceira força ela saíu inteira de uma vez. Por um segundo fiquei com medo da cabeça dela bater na banheira, mas em seguida a peguei e levei para o meu peito.



A primeira ação de Alice neste mundo foi tossir, em seguida esboçou um choro, mas ao encostar no meu coração olhou para mim e para o pai dela e... sorriu! Cantamos a música que a embalara na barriga por muitos meses: O descobrimento do Brasil. Jack chorou no meio, eu continuei.

Alice mamou na sua primeira hora de vida quase inteira, o cordão umbilical foi cortado mais de uma hora depois de seu nascimento. Nasceu no seu quarto, à luz de velas, aquecida pela sua mãe, seu pai e duas parteiras muito carinhosas que a tiraram de meus braços somente muito tempo depois (umas duas ou três horas?).

Agradeço imensamente à equipe da La Mare, minha parteiras queridas, à Anna, um anjo que me apareceu e à Janie Paula, que me ajudou a achar a minha equipe.

Hoje entendo o motivo pelo qual se define o Tantra como matriarcal e por isso sensorial. Há uma sabedoria no nosso corpo imensa que apenas acessamos totalmente no parto. Meu corpo continuou e continua se transformando na maternidade e posso afirmar que por ter podido vivenciar esse momento tão crucial de forma tão natural que sei o quanto somos potentes e poderosas. Após a Alice, o auto-conhecimento se impõe e cresce a cada dia... mas isso é assunto para outros posts.

sábado, 9 de abril de 2016

Sobre mim, este blog e novos tempos

Olá pessoas bonitas que me leem!

Muito tempo que não escrevo aqui um texto que não seja informações sobre aulas ou uma receita nova. No início desse projeto muitas reflexões sobre ética, Yoga e vida foram colocadas aqui e devo dizer que não estar mais escrevendo é algo que me entristeceu bastante.

Uma miríade de motivos fizeram com que isso acontecesse, entre eles se destaca a falta de tempo (grande monstro que assola nossa sociedade) - que para além do tempo físico engloba também o tempo psíquico e emocional - mas, para além dele, houveram transformações na minha vida demasiadamente profundas e radicais, difíceis de serem contempladas em um post.

Com todas essas mudanças, percebi que se tornou mandatório para mim que esse fosse um espaço de compartilhamento de experiências muito para além do Yoga. Sim, este é parte fundamental da minha vida e, como o prisma através do qual eu enxergo o mundo, posso encontra-lo em tudo o que faço. Porém depois da experiência da maternidade devo dizer que há reflexões que muitas vezes não vieram do Yoga mas que vejo como essenciais para que faça sentido para mim escrever. A vinda da minha filha mudou o mundo para mim e afeta a profissional que sou (quando meus alunos me leeem) e a yoginí que procuro ser (para praticantes que passam por aqui).

Assim, estou abrindo esse espaço para que todas as experiências formem um caleidoscópio ainda mais rico para ser compartilhado.

As receitas? Virão de tempos em tempos. Continuo amante do vegetarianismo e hoje cada vez mais próxima do veganismo.

A prática? Estará aqui, assim como a possibilidade de se tirar dúvidas sobre ela.

Cheguei a conclusão que quando falamos de Yoga a separação entre profissional e pessoal é praticamente impossível. E por isso teremos um cunho mais pessoal por aqui.

Eu adoraria que na internet houvesse cada vez mais conteúdo com sentido e profundidade, e sempre tentarei fazer a minha parte ;)

beijinhos e até o próximo texto! 

sexta-feira, 4 de março de 2016

Yoga com a Juju: confira os novos horários e venha experimentar!

Alô alô yogins e interessados!

Atendendo a pedidos teremos uma nova turma na Rua Augusta e um horário novo para a turma da turma da USP!

Assim os horários de pratica são:

=> Na Rua Augusta, 1378 (ap.14):

  • Segundas e quartas - 20h30
  • Terças e quintas - 8h
  • Quartas e sextas - 10h


=> Na USP:

  • Segundas e quartas - 11h45


Interessou? Venha fazer uma aula experimental sem compromisso e conheça a prática!

Marque agora pelo fone: (11) 99728-4666 (whatsapp)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Yôga em 2016 com força total!

Olá meus queridos!

Depois de quase 1 ano absorvida pelo começo da maternidade, volto a aparecer por aqui! Em 2015 um dos eventos mais importantes da minha vida - a chegada da minha pequena Alice - ocorreu, fazendo com que eu desacelerasse e diminuisse meu ritmo de trabalho. Em breve pretendo escrever um post sobre esse momento, que foi de intenso aprendizado :)



Agora em 2016 a Juju volta com força total!

No momento, as turmas em funcionamento são:


  • Segundas e quartas das 20h30 às 21h30 na Rua Augusta, 1378 - ap.14
  • Terças e quintas das 8h às 9h na Rua Augusta, 1378 - ap.14
  • Terças e quintas das 12h15 às 13h15 na USP


A idéia é neste ano expandimos as turmas, então se você tem interesse, mesmo que não possa em nenhum destes horários entre em contato e ganhe uma aula experimental!

Vamos fazer de 2016 um ano cheio de energia, equilíbrio, força e consciência!