sábado, 14 de abril de 2012

Enfim o mês do auto-estudo

Esse é o niyama que mais admiro e que considero que está na base de todo o código de ética yôgin. Swádhyáya é olhar para dentro de si e perceber os mecanismos físicos, emocionais e mentais que fazem você ser quem é. É a observância constante de todas as atitudes que tomamos.

Podemos trabalhar auto-estudo fazendo qualquer coisa, em qualquer lugar: no trabalho, nos estudos, com a família, amigos, lendo um livro, na prática de Yôga ou de qualquer outra atividade. Para mim é como se pudéssemos nos olhar de longe e, assim, nos enxergar por uma nova perspectiva.

No ocidente o auto-estudo é bastante relacionado às práticas de terapia e psicanálise. São possibilidades interessantes, que podem ajudar, bastante, muitas pessoas a se entenderem melhor. Cabe, porém, pontuar que é uma perspectiva teórica, não-vivencial que se obtém deste processo (faço exceção à prática da bio-energética, de Wilhelm Reich, que é bastante vivencial e integra o corpo em seu trabalho). Não se precisa deitar em um divã para se poder perceber melhor, e este auto-estudo não é necessariamente só no âmbito racional. Na prática do Yôga, juntamente com outras filosofias orientais, utiliza-se da vivência que integra corpo, emoção e intuição para o auto-conhecimento. O resultado é muito diferente e posso dizer com propriedade, pois fiz análise por muitos anos: há uma apropriação das auto-percepções muito maior quando estas são vivenciadas na prática.

Outros caminhos que possuem grande potencial em gerar auto-estudo: viajar para lugares desconhecidos, de preferência sozinho; fazer e assistir teatro, pintar e ir a exposições, ouvir e fazer música; fazer trilhas em meio a bosques, florestas e cachoeiras; escrever poesia.

Estes são apenas alguns que dão muito certo para mim. Faz parte de swádhyáya que cada um observe qual é o caminho de auto-conhecimento para si. Aguardo relatos de experiências e comentários!

Nenhum comentário:

Postar um comentário