terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um banho de poesia e emoção

Há duas semanas estreou no Teatro Coletivo a peça Relicário Inventado, escrita e dirigida por Bernardo Fonseca Machado. Assisti para prestigiar o trabalho de um grande amigo e confesso que tive uma agradável surpresa: apesar de ser a primeira composição dramática deste jovem autor, a peça traz peso e consistência. A partir de muito lirismo é construído um universo de imagens que, como em sonho, revela o interior psíquico das personagens. Para além da dramaturgia, a direção e escolha de atores não parece obra de um novato.

Parabenizo aqui também o elenco e a produção, que demonstraram sinergia e comprometimento com o projeto, gerando como resultado uma obra de arte emocionante e cativante. A peça, que tem como tema a construção da memória de pessoas queridas e a elaboração da perda destas é extremamente catártica e propicia ao público uma imersão em dores humanas. Apesar da temática densa, a execução do texto foi cuidadosa para que o resultado não fosse um melodrama mexicano; tendo como resultado nyása, poesia e sutileza na medida certa. Recomendo a todos essa experiência!

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