segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Não pare a vida.

Caros leitores do Blog da Juju;

Depois da correria de final de semestre, volto à ativa aqui no blog e os convido para a reflexão de mais uma norma ética: aparigraha - a não-possessividade. Antes de mais nada, recomendo a leitura no blog do querido colega Fabiano Gomes a respeito do assunto, a partir do link acima.

Ao falar de não-possessividade imediatamente o tema das relações amorosas vem à tona. Mas o conceito não se restringe somente a não ter a ilusão de que o corpo e afeto do parceiro é nossa propriedade. Esse é apenas o início da reflexão.

Se pararmos para pensar, a relação da maioria das pessoas com o mundo implica em sentimento de posse: amizades, objetos, obras que produzimos, dinheiro. Digo: é pura ilusão de ótica. Esse traço humano foi em muito reforçado pela sociedade moderna, capitalista e individualista, mas obviamente não surgiu agora - caso contrário não haveria a necessidade de se criar este yama há dezenas de séculos na Índia.

Recentemente tive minha carteira furtada, com cartões, cheques, documentos e boa quantidade de dinheiro. Me surpreendi com o fato de não ter ficado lamentando tanto quanto imaginaria - por mais que vá fazer falta - a perda do dinheiro. Sei que ele continuará vindo enquanto eu estiver ativa. É um fluxo, uma energia, e me prender a ele só paralisa tal processo. Mas confesso que me senti invadida, agredida - uma coisa não muda a outra. No meu caso, sinceramente, o apego às lembranças e amizades é mais difícil de lidar.

Agora pense: com o que você é mais apegado? Isso atrapalha a sua vida? Poderia ser diferente? E você o quer?

Se quiser, me responda que adorarei dialogar. Se não, guarde a reflexão e pense no assunto para si: apego paralisa!

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