sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nascemos prontos ou somos formados pelo meio?

Conversando com dois alunos muito queridos psicólogos sobre o yama do mês, surgiu uma interessante reflexão que eu gostaria de compartilhar: até que ponto a violência faz parte da natureza humana?

Se quisermos concordar com Rousseau, admitiremos que o homem nasce essencialmente bom e a sociedade o corrompe. Em uma visão mais inatista se dirá exatamente o contrário: as características de uma pessoa já estão presentes em sua essência de maneira latente, istó é, já nascemos com uma personalidade definida. Visões bem radicais e opostas.

Estou agora estudando Vygotsky, que nos dá uma resposta interessante à questão: para ele o homem é um ser social, sendo as características inatas existentes, mas de força reduzida em relação ao fruto das interações com a sociedade. Achei essa perspectiva bem interessante, mas ainda indago: violência está na parte inata ou é fruto das relações? Tendo a ver mais sentido na segunda hipótese, mas gostaria muito de dialogar com vocês.

Essa resposta afeta diretamente a proposta de ahimsa: só é possível trilhar um caminho real de não-agressão se esta não fizer parte da nossa essência.

5 comentários:

  1. Oi Ju! Não pude deixar de ver essa postagem!

    Me pergunto sempre sobre isso... mas algo é inato?

    vc está tendo aula com quem nessa disciplina?

    bjs

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  2. Olha Ju..fiquei pensando sobre o q escreveu e me ocorreu que tdos as vertentes (inatistas, empiristas) se baseiam no homem ocidental..dai acho q criei um complicador pra questão..kk..pq são homens formados e carregados de culturas mto diferentes ou mm díspares..+ acho q dá pra se pensar no link com a questão da agressividade (hetero e auto) nas diferentes culturas...Aiai q coisa complexa em profs..vc me pegou aqui!!!temos q discutir isso com um grau etílico mais elevado..haha..eu pelo menos!!!tsts..bjs

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  3. Ta: to tendo aula de Psicologia da Educação com a Elisabeth Braga. Gostando muito, só começando. Não sou inatista, mas tbm não acho que não haja NADA que seja inato... não sei. Quero ler mais, e podemos ir conversando... aliás pessoalmente, né! To com saudades de vc!

    Anonimo: quem é você? Se quiser bater papo e filosofar eu topo – vc no vinho e eu no suco de uva, ok? ;-)

    beijos

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  4. kkk...o anonimo na real é anonima..ixxx! propaganda enganosa..temos q incluir o homem contemporaneo e as relações da net nessa discussão viu?! sou euzinha Juju!!tanananannn!! Lavínia!!!ixx vamos sim filosofar sempre com vinho, suco de uva e tals..

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  5. Estou assistindo as vídeos e lendo sobre o assunto.. eu acredito que não podemos "culpar" ao outro (sociedade, pessoa) por coisas/ações que tomamos. Concordo com Vygotsky, acredito que temos as características que nascem conosco, trazemos questões que são nossas.. e pode até ser que a sociedade nos induza um pouco a certas questões, mas, não acredito que podemos, como falei acima, "culpar" outros pelas nossas ações..

    Estou adorando teu blog.. Beijão! Grata pelos textos que nos fazem refletir ;*

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