quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pránáyáma: ferramenta poderosa para se gerenciar o emocional

Aproveitando a frutífera discussão sobre o yama do mês, e pensando em como podemos melhorar nossas relações humanas e ao mesmo tempo não gerarmos uma auto-violência, trago uma sugestão para aqueles que "perdem a cabeça" no cotidiano e acabam deixando emoções como ódio, ansiedade e medo tomarem conta. Respire. Só isso? Bem, é relativo...

Muitas vezes deixamos essa função involuntária do corpo de lado, e como resultado temos um descontrole que acaba resultando para muitos em falta de ar. Falta de ar? Com toda a atmosfera sobre nossas cabeças, se pararmos para pensar é bastante estranho que se possa ter tal sensação. O que acontece é que a maneira como respiramos está intimamente ligada ao nosso estado emocional. Já reparou como a respiração da mocinha no filme de terror é arfante, curta, com o tórax subindo e descendo rapidamente? Ela está com medo... entendemos tal referência das telas intuitivamente.

Agora, que tal invertermos o processo? Ao invés de deixar nosso estado ditar como respiramos, e se transmutássemos nosso emocional através da respiração? Faça o simples teste no seu dia-a-dia: em situações potencialmente estressantes e desestabilizantes procure parar e respirar bem fundo, mais lentamente, soltando o ar aos poucos. Para quem já pratica Yôga isso muitas vezes é automático e simples, sendo acrescentados ritmos, mentalizações e etc. Mas mesmo quem não conhece os pránáyámas pode perceber os efeitos de uma respiração consciente e oxigenante sobre o emocional.

Hoje em dia utilizo essa técnica todo o tempo, auxiliando uma desintoxicação emocional e gerando as sensações que eu desejo... tranquilidade no trânsito de São Paulo, confiança para encontrar alguém intimidante, alegria a qualquer momento... esse é o efeito dos pránáyámas!

Um comentário:

  1. E como ajuda! Às vezes parece que "não temos tempo para respirar", e aí mora o perigo. Mas se nos damos um tempo, pequeno que seja, sempre que necessário, para respirar fundo, quantos dissabores evitamos!
    Só para contar: às vezes, em aula, algum aluno é indevidamente rude, e eu nem sempre consigo olhar para a situação e pensar que se trata de trabalho e que não devo perder a calma. Antes de falar de volta, passo um exercício para a turma. Durante o exercício, saio da sala um minuto, respiro, caminho, respiro bem devagar e conscientemente.
    Depois, eu sempre falo com o aluno. Mas consigo adotar a postura que se espera de qualquer professor, e não a postura emocionalmente afetada que viria à tona sem a ajuda de um pouco de ar.

    É um treinamento mais que necessário!
    Beijos!

    ResponderExcluir